terça-feira, 11 de outubro de 2011


(...)
- O que se há de fazer?
- É evidente que sei...
- Então...
- O grande problema, de fato, é que o mais difícil de saber, eu sei: O objetivo, saber o que se quer. Mas no cotidiano, fogem-me conceitos e destreza básica para executar tarefas menores que me levariam àquilo que  deve ser feito, compreende?
- Não.
-Vejamos. Você um dia aprendeu a andar e, com isso, consegue buscar um copo com água na cozinha?
- Óbvio.
- Então, se um dia você somente desaprender a andar, pôr-se de pé e ir em frente até seu objetivo, decerto morrerá de sede.
- Isso não é possível... Não do nada.

- Então me explica.
- Explicar o quê?
- Explica, já que não é possível perder o andar do nada, como parei fincado aqui no chão?
- Eu não sei...
- E me resta a sede, interminável, sem conseguir me saciar.

Um comentário: